Terapia Alimentar

 

A seletividade alimentar é um desafio comum observado em crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Caracteriza-se pela limitação na variedade de alimentos aceitos, texturas ou cores, resultando em uma dieta restrita e desequilibrada. Essa seletividade alimentar muitas vezes está associada a hipersensibilidades sensoriais, o que pode fazer com que certas texturas, cheiros ou sabores se tornem aversivos. Além disso, a rigidez comportamental típica do TEA pode contribuir para uma relutância em experimentar novos alimentos, gerando preocupações nutricionais, impactos na qualidade de vida e no desenvolvimento adequado.

 

A abordagem de TERAPIA ALIMENTAR do GRUPO NEST é individualizada, visando não apenas expandir a variedade alimentar, mas também considerar as necessidades sensoriais e comportamentais únicas de cada indivíduo para promover uma relação mais saudável com a alimentação.

 

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Quais as principais consequências da Seletividade Alimentar?

 

A seletividade alimentar em crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode acarretar uma série de consequências graves:

 

1.Desnutrição e Deficiências Nutricionais: A restrição alimentar pode levar a uma dieta desequilibrada e carente em nutrientes essenciais, resultando em desnutrição e deficiências nutricionais que afetam o crescimento, desenvolvimento e saúde geral do indivíduo;

 

2.Comprometimento do Sistema Imunológico: A falta de variedade alimentar pode enfraquecer o sistema imunológico, tornando a pessoa mais suscetível a infecções e doenças;

 

3.Problemas de Saúde a Longo Prazo: A alimentação inadequada pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças crônicas como diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e osteoporose;

 

4.Dificuldades Sociais e Isolamento: A seletividade alimentar pode afetar as interações sociais, pois muitas atividades sociais estão centradas em torno da comida. Isso pode levar a isolamento e dificuldades nas relações interpessoais;

 

5.Estresse Familiar: A família pode enfrentar altos níveis de estresse ao tentar atender às necessidades alimentares restritas do indivíduo. Isso pode gerar tensões e conflitos familiares;

 

6.Limitações de Oportunidades: Restrições alimentares podem limitar as oportunidades sociais, educacionais e de lazer, dificultando a participação plena na comunidade;

 

7.Impacto no Desenvolvimento Global: Uma alimentação inadequada pode afetar o desenvolvimento cognitivo, emocional e comportamental, comprometendo o potencial de aprendizado e autonomia.

PORQUE A REPOSIÇÃO COM SUPLEMENTOS NÃO É SUFICIENTE?

 

Uma solução baseada unicamente em suplementação vitamínica com fármacos não é uma abordagem adequada para lidar com a seletividade alimentar em crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) por diversas razões:

 

1. **Nutrientes Completos:** Os alimentos fornecem não apenas vitaminas isoladas, mas também uma combinação complexa de nutrientes, fibras e compostos bioativos que são essenciais para o crescimento, desenvolvimento e saúde geral. A suplementação vitamínica não oferece a mesma variedade e complexidade.

 

2. **Fatores Sinérgicos:** Muitos nutrientes em alimentos interagem de maneira sinérgica para otimizar sua absorção e uso pelo corpo. A suplementação isolada de vitaminas pode não fornecer essas interações benéficas.

 

3. **Necessidades Individuais:** As necessidades nutricionais variam de pessoa para pessoa. A suplementação genérica pode resultar em excessos ou deficiências de nutrientes, prejudicando o equilíbrio nutricional.

 

4. **Riscos à Saúde:** A suplementação excessiva de certas vitaminas pode ser prejudicial à saúde, levando a problemas como toxicidade e desequilíbrio nutricional.

 

5. **Não Aborda a Causa:** A seletividade alimentar é um problema complexo com raízes sensoriais, comportamentais e emocionais. A suplementação não aborda essas questões subjacentes.

 

6. **Hábitos Alimentares Limitados:** A suplementação não ensina a criança a aceitar novos alimentos, perpetuando os hábitos alimentares restritos.

 

7. **Impacto Psicossocial:** A abordagem baseada em suplementação não lida com as implicações psicossociais da seletividade alimentar, como as dificuldades sociais e emocionais associadas.

 

Portanto, é fundamental adotar uma abordagem especializada que irá abordar os aspectos sensoriais, comportamentais e emocionais da seletividade alimentar, proporcionando uma intervenção completa que promova uma relação saudável com a alimentação.